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Migrando

Estou migrando para um ambiente mais simples, em que posso compartilhar o que vejo, sinto, cheiro e ouço com vocês.


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História de Pescador

Episódio de "Los Cazadores"

Sou daqueles pescadores que adora contar uma história.

Comecei logo cedo, pescando nos múltiplos aquários do meu avô. Peixes de todos os tamanhos e com diferentes formas de pesca. Vara, iscas, arpão e até mesmo com a mão. A rede era excluida por tirar a beleza da pesca.

Meu primeiro grande feito foi pescar um golfinho em alto mar, façanha celebrada por todos exceto por uma bióloga, minha esposa, que veio com um papo que golfinhos não são peixes, são mamíferos. Malditas biólogas, se estão no mar são peixes ou pelo menos deveriam ser.

Mas não me dou por satisfeito e parti em busca de novos desafios. Querendo contrariar a lógica surrealista das biólogas fui atrás do único animal metade peixe, metade mamífero. A Sereia.

E os americanos começam a gostar de futebol...

O vídeo abaixo é a reação dos torcedores americanos ao gol de Donavan nos acréscimos do jogo contra a Argélia e que deu a classificação dos EUA as oitavas da Copa do Mundo.

O vídeo é extremamente nacionalista, mas mais do que isso mostra que os americanos começam a gostar do esporte que encanta tanto os brasileiros.

Crise dos 24

Episódio de "Los Cazadores"

- Cara, estamos com um grande problema!
- Estamos? Eu não tenho problema algum.
- Tem certeza?
- Humm...
- Você tem 24 anos não é?
- Tenho.
- E há quanto tempo que você não namora?
- Já faz tempo, creio que uns oito meses. Difícil encontrar uma mulher que me encante, que tenha certas qualidades que me façam querer ter um relacionamento sério.
- Mas o físico não te chama mais atenção?
- Chama, adoro mulheres com tudo no lugar, mas isso é pouco. Mulher tem que saber conversar, dialogar, entreter, somar, completar.
- Sei.
- Vivo insatisfeito. Sexo não me satisfaz como antes, preciso de mais. Alguém que saiba conversar, provocar, me deixar com raiva e com vontade de retrucar, de brigar, de conquistar.
- Tenho os mesmos sintomas.
- E pensar que até pouco tempo atrás nem ligávamos para esses detalhes, nos satisfazíamos com o futebol, cervejinha e sexo.
- Caçávamos por diversão, competíamos pela nossa caça, e cada conquista era celebrada.
- O que será que acontece conosco?
- Consultei um amigo meu sobre isso, ele é médico.
- Existe médico para isso?
- Nos dias e hoje existe médico para tudo.
- E o que foi que ele disse?
- Disse que estamos passando pela “Crise dos 24”.

Os Caçadores

Episodio de "Los Cazadores"

(Dois amigos em um bar)
- Hoje será nossa noite.
- Como assim nossa noite?
- Iremos nos dar bem.
- Sobre o que você está falando?
- Como assim sobre o que? Nós estamos em um bar, com varias minas a nossa volta e você me pergunta isso, o que mais pode ser.
- Ah, mulheres. Entendi.
- Você continua pensando nela. Esquece ela cara, não pode viver o resto da sua vida em função dela. E tem tantas mulheres por ai, você tem que aproveitar a vida, sair com várias, beijar várias, transar.
- Você fala como se fosse fácil.
- É claro que é.
- Me diz, há quanto tempo você não caça?

A impressão é eterna

Artigo genial de Joe Konrath, publicado originalmente em seu blog e traduzido pelo Blog do Simplíssimo.

Moderador: Bem-vindo Anônimos obsoletos! Eu chamei todos vocês aqui para dar o boas vindas ao nosso mais recente membro, a Indústria de impressão.

Indústria de impressão: Olá a todos. Houve um erro. Eu não pertenço a este grupo aqui.
(todos riem)

Indústria de impressão: Estou falando sério. Eu não sou obsoleto. Sou importante. Os livros impressos estão em circulação há centenas de anos. Eles nunca serão substituídos.

Fitas VHS: Sim, todos nós pensávamos assim uma vez.

LP: Chama-se negação. É difícil aceitar no inicio.

Fitas VHS: É fácil para você falar, LP. Você ainda tem um mercado de colecionadores de nicho. A mim eles não podem sequer vender no eBay.

Mercado de antiquário: Podemos, por favor, não mencionar o eBay? Eu costumava ter lojas em todo lugar. Foram fechando mais e mais graças a este inútil website.

CDs: Pelo menos você ainda tem algumas lojas. As lojas especializadas que me vendem estão quase extintas. Eu sou distribuído em umas poucas prateleiras na Best Buy, Wal-Mart e afins.
Indústria de impressão: Olha pessoal, eu suponho que todos pensam que os e-books vão me colocar fora do negócio. Mas isso não vai acontecer.

Telefonia fixa: Nós todos negamos no inicio. Eu lembro quando encontrava em toda a cidade um telefone público. Em seguida, chegaram os telefones celulares, merda! Você sabe que algumas pessoas não possuem sequer linhas de telefone fixo em casa? Uma vez, toda casa tinha um telefone fixo…
(a Telefonia fixa desanda a chorar. A agenda telefonica, o modem Dial-Up e a enciclopédia, com uma camiseta escrita “Odeio a Wikipedia” se aproximam. Segue um abraço de grupo.)

Video locadora: O que a Telefonia fixa está tentando dizer é que quando chega uma nova tecnologia, mais rápida, mais fácil e mais barata, a tecnologia mais velha – e todas as empresas que a apoiaram – tende a desaparecer.

Indústria de impressão: Por que você está aqui, Video locadora? Há ainda Blockbusters em todo lugar.

CDs: Uma vez havia lojas de discos em toda parte também.

Audio cassete: Claro! Vendia cassetes, também! Bate aqui!
(Ninguém dá bolas pra Audio cassete)

Video locadora: As coisas pareciam ir bem por um tempo. Eu tive uma vida decente, de vinte anos. Então eu fui atingida por todos os lados. Negócios que mandam DVDs pelo correio, filmes por TV a cabo, YouTube. Mas o prego no caixão veio nos últimos dois anos. Alguns sites que permitem streaming de vídeo instantaneamente, iTunes oferecendo downloads de filmes, máquinas de locação automáticas que ocupam pouco espaço…

Indústria de impressão: Mas os e-books são apenas uma pequena percentagem do mercado. As pessoas têm lido em papel desde Gutenberg. Eles não vão se adaptar às mudanças assim tão facilmente.

Kodak: Você está correto. Demora alguns anos para que as pessoas abraçem totalmente a nova tecnologia. Alguns nunca. Por exemplo, a Polaroid nunca me substituíu.

Polaroid: Cala a boca, Kodak. Nós dois levamos um chute na bunda das maquinas digitais. Quando foi a última vez que você vendeu qualquer filme?

Antenas de TV: Eu ainda estou em grande voga em alguns países do terceiro mundo!

Máquina de escrever: A questão é esta: quando a tecnologia melhora, torna-se amplamente adotada. Eu e a Xerox fizemos grandes sucesso! Eu colocava as palavras, ela fazia as cópias. Então a Xerox entrou pra valer no mercado, mas agora também corre perigo e não está indo tão bem assim.

Xerox: Merda de computadores!

Disquete: Isso mesmo!

Impressora de agulhas: Merda pra laser e a jato de tinta! Será que ninguém sente falta de arrancar o lado perfurado do papel? Será que não lembram da sensação e do cheiro que tinha?

CDs: Merda de internet! Vocês querem falar sobre pirataria e downloads ilegais?
(Todo mundo diz um não!)

Moderador: Todos nós lemos no blog do J.A. Konrath que o caminho para combater a pirataria é com o baixo custo e conveniência. Indústria de impressão, você está reduzindo seus preços e tornando mais fácil para os clientes baixarem seus livros?

Indústria de impressão: Na verdade, baixamos muito pouco e em alguns lugares até mesmo aumentamos os preços de nossos e-books.
(Suspiro coletivo e balanço da cabeça)

Moderador: Bem, seria melhor pra você aprender com nosso erros! Você ao menos está tornando mais fácil comprar e-books?

Print Indústria: Bem, nós começamos a publicar com intervalos, lançando os e-books meses após o lançamento do livro impresso.
(Todos levam a mão à testa)

Indústria da música: Você pelo menos tentou vender a partir do seu próprio site? Eu gostaria de ter feito isso. Mas a gananciosa da Apple veio e…

Indústria de impressão: Uh … não. Não tentamos isso. De fato, alguns ebooks – por exemplo os do J.A. Konrath, já que foi citado - não estão ainda disponíveis em todas as plataformas e nem em todos os territórios.

Moderador: O que você quer dizer? Os livros do J.A. Konrath estão disponiveis em todo lugar.

Indústria de impressão: Aqueles que ele mesmo coloca à venda. Os que nós vendemos estão faltando em vários mercados importantes, e tem sido assim há anos. Mas não tem problema. Estamos pagando royalties muito menores e elevando os preços, para que possamos fazer ainda um bom lucro. Além disso, os ebooks são um nicho de mercado. Os dispositivos para a leitura dos e-books são dedicados e caros.

Sala jogos: Eu estava costumada a ser uma indústria próspera. A criançada gastou bilhões em meus milhares de locais. Aí Nintendo, Sony e Microsoft fizeram consoles portateis, e agora as pessoas jogam seus videogames em dispositivos dedicados e caros. É um negócio de bilhões de dólares, e só posso concorrer se eu vender pizza barata e dar brinquedos de plástico para a criançada que joga futebol de mesa. Se as pessoas querem a mídia, elas compram o dispositivo caro mesmo. E ponto final.

Indústria de impressão: Nenhum de vocês estão me ouvindo. Os livros impressos existirão sempre.

Jornal de papel: Yeah! É isso ai irmão!

Indústria de impressão: Não vamos nos comparar, ok, Jornal de papel? Sem ofensa.

Jornal de papel: Nenhum problema. Hey, talvez nós possamos ajudar uns aos outros. Estou vendendo espaço publicitário barato nestes dias, e …

Indústria de impressão: Não, obrigado. Ninguém lê mais você. As pessoas buscam as notícias em outros lugares.

Moderador: Então, por que as pessoas não podem obter os seus romances em outros lugares também?
(A Indústria de impressão lavanta-se indignada, apontando o dedo)

Indústria de impressão: Olha, isto aqui não tem nada a ver comigo. Todos vocês se tornaram irrelevantes. A Tecnologia cresceu e vocês não cresceram com ela. Mas isso não acontecerá comigo. Haverá sempre livrarias e livros feitos de árvores mortas. Nós vamos continuar a vender livros de capa dura a preços de luxo, a pagar aos autores de 6% a 15% de royalties sobre o preço que nós acharmos correto. E as pessoas vão comprar os livros porque nós diremos a elas para fazer isso! Nós nunca vamos nos tornam obsoletos!
Fábrica de chicotes de cocheiro (*) – Amém, irmão! Isso é o que eu continuo tentando dizer a essas pessoas!

CDs: (sussurrando para LPs) Dou-lhe seis anos, no máximo.

* Buggy Whip Industry no original. Mesmo que exista como indústria, exemplifica um mercado que se extingue por falta de demanda, causada pelo advento de nova tecnologia (neste caso, o automóvel que substituiu as carruagens).

Quantas histórias conhecemos de um lugar ou uma pessoa?

Quantas histórias conhecemos de um lugar ou uma pessoa? Uma única história nos define, ou nos distorce? Uma história fantástica em que Chimamanda Adichie nos mostra a distorção causada por conhecer uma única história.